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Atendendo a vários pedidos de outros usuários decidimos compartilhar aqui alguns detalhes da nossa história. A curiosidade de conhecer pessoas com esse interesse em comum nos motivou (em comum acordo) a resumir nossa longa jornada e, quem sabe, ajudar outras pessoas em dramas semelhantes. A associação do tema como assunto tabu também gera na gente certa identificação por termos passado por tantas dúvidas e dificuldades juntos, especialmente numa época em que a informação na internet não era tão difundida como hoje em dia.
(Narrativa do ponto de vista do marido com colaboração, postagem e aprovação da esposa): Pois bem, para começar do início, vamos lá. Quando nos conhecemos, ainda na escola (segundo grau), antes que ela pudesse me notar, foi amor à primeira vista para mim. A parte dela que mais me chamou a atenção foi a forma dela sorrir e mexer no cabelo e, como não poderia ser diferente, a bunda dela. Era tão curvilínea e combinava tão perfeitamente com suas curvas... Fiquei apaixonado por ela por cerca de dois anos, engatamos algo rápido no primeiro ano (antigamente chamávamos de "ficada"), mas quando enfim nos acertamos e começamos oficialmente a namorar (com ela já entrando na faculdade) foi uma combinação perfeita. Parecia que estávamos vivendo um sonho, pois parecia que havíamos sido feitos um para o outro, mas ela tinha alguns traumas e problemas sexuais difíceis de entender.
Bem, apesar da nossa idade parecida, ela era virgem e vinha de uma família muito complicada (por exemplo, a mãe dela sempre a acompanhava ao ginecologista para "inspecionar" os exames). Para minha surpresa, com 3 meses de namoro ela propôs que fizéssemos sexo anal para driblar a vigilância da mãe, aumentar a nossa intimidade e também como método contraceptivo (ela tinha contraindicações para uso de anticoncepcionais por questões hormonais).
Nossa primeira vez foi mágica e lembro dos detalhes claramente até hoje. Os preparativos, a timidez da primeira vez, a paixão, o gostinho do proibido... Lembramos com exatidão de detalhes o primeiro orgasmo dela fazendo sexo anal (ainda vestida com a roupa de caloura da faculdade).
No entanto, a facilidade e o preferência dela por sexo anal mais vigoroso plantou em mim uma semente de insegurança e a suspeita de que ela mentiu para mim sobre sua virgindade e nível de experiência sexual, mas ignorei essa preocupação inútil (a cabeça do jovem sempre na sede para procurar problema onde não existe). Então nossa relação íntima tornou-se "somente anal" após 3 meses de namoro. Embora eu estivesse completamente satisfeito sexualmente, pensei que cabia a mim desvirginá-la com sexo vaginal (quando enfim a mãe dela deixou ela em paz) e então os problemas vieram...
Ela ficava muito nervosa ao tentar sexo vaginal, toda tentativa reclamava de dor e desconforto e nunca dava certo, cheguei a pensar que estava fazendo algo errado com ela e aquilo me deixava angustiado... mesmo com muito lubrificante as tentativas não eram prazerosas para mim e muito menos para ela, mas continuei tentando com persistência pensando no prazer dela, pois eu pessoalmente já estava totalmente satisfeito apenas com sexo anal. Vale ressaltar que a vagina dela era plenamente funcional e ficava abundantemente molhada durante as nossas trocas de carícias e no sexo anal, mas mudava completamente durante as tentativas frustradas de sexo vaginal.
Ela tinha um pavor descomunal de engravidar, então concluí que havia algo a ver com esse temor. Combinamos que nos casaríamos e teríamos filhos (eles já tinham nomes - e hoje realmente existem para alegrar a nossa vida com os nomes planejados) e que faríamos sexo vaginal apenas depois do casamento com tranquilidade e sem pressão no nosso próprio tempo.
Para mim naquela altura o meu namoro era um sonho. Era gostoso e satisfatório demais pensar que nosso relacionamento, além do amor real e sincero, consistia exclusivamente em sexo anal. A nossa relação me dava uma euforia sem tamanho e isso desenvolveu em nós uma cumplicidade absurda. Passou mais tempo até ficarmos noivos e para evitar segredos e questões não resolvidas entre nós, em meio ao planejamento dos preparativos do casamento, tomei a iniciativa de tirar a pulga da orelha de uma vez por todas e perguntar, sem julgamentos, se ela realmente era virgem (do cu) antes de mim... Ela desatou a chorar como nunca tinha visto antes e me confessou que sempre foi muito reprimida pela mãe e não fez sexo com ninguém, mas sentia muito tesão e apesar de nunca se tocar na boceta, ela costumava se masturbar pela bunda para sentir prazer, mas nunca havia se envolvido sexualmente com mais ninguém. Ela disse isso chorando copiosamente como eu nunca tinha visto antes e isso partiu meu coração. Choramos juntos de rosto colado no outro e me arrependi profundamente do mal-entendido e da minha inútil desconfiança. Ela disse que se sentia mal e envergonhada por não conseguir ser uma "mulher completa" para mim e eu me desculpei por ter desconfiado dela por tanto tempo, disse que estava tudo bem e que sexo vaginal não era prioridade para mim e que eu insistia em tentar somente pensando em agradar e proporcionar prazer para ela. Ou seja, perdemos um tempo imenso buscando algo que não era desejado por nenhum de nós dois por medo de assumir nossas preferências com coragem e sinceridade. Depois dessa revelação, mais do que nunca tive certeza de que ela era a mulher da minha vida.
Nos casamos e tivemos uma lua de mel num resort somente com sexo anal. Não aproveitamos quase nada da viagem, mas transamos finalmente como marido e mulher como nunca antes e isso foi mais que suficiente para a gente. Depois de algumas semanas, eu disse que não era minha escolha e vontade, mas que estava disposto a tentar via vaginal se ela quisesse. Tentamos várias vezes e mais uma vez não deu certo e só então decidimos procurar ajuda médica. Para resumir, ela foi diagnosticada com vaginismo. Realizou todo o tratamento clínico multidisciplinar, fisioterapia pélvica, exercícios em casa, acompanhamento psicológico, terapia de casal, etc. Acompanhei todo o processo para apoiá-la. No segundo ano de casamento conseguimos fazer sexo vaginal funcional, mas não era a nossa praia. Simplesmente não havia "química". Não era natural para nós e não era prazeroso como era o sexo anal para a gente. Então começamos a fazer sexo vaginal esporadicamente. Sempre fui obcecado pela bunda dela e ela realmente preferia sexo anal e também já estávamos acostumados, então não virou um problema para nós.
Com o passar do tempo, nos acostumamos com esse arranjo mesmo sem as travas que tínhamos antes do casamento/tratamento. Tornou-se nosso "normal", ou seja, fazer sexo para nós significa simplesmente sexo anal. Até hoje ela costuma dizer que sexo sem anal não é sexo completo, então vaginal é algo bem esporádico sempre finalizado com anal logo depois. Há alguns anos decidimos aumentar nossa família e tivemos dois filhos que trouxeram ainda mais felicidade para nossas vidas, mas o sexo anal nunca mais saiu das nossas vidas. Agora, ao contrário do comum, raramente fazemos sexo vaginal, basicamente apenas em datas comemorativas (aniversários e datas importantes) em uma "proposta de serviço completo" terminando com sexo anal como grand finale.
Acho isso uma loucura porque é tão... particularmente nosso e tão incomum e ao mesmo tempo tem um lado pervertido e um aspecto transgressor que mantemos como nosso segredo romântico. Sentimos-nos completamente satisfeito com nossa vida sexual. Recentemente fizemos 11 anos de casados, estamos ambos com 36 anos, pensando em fazer um terceiro filho (quem sabe?) e nossa qualidade sexual só amadureceu e melhorou com o tempo. Ainda acho que minha esposa, o amor da minha vida, é a mulher mais gostosa do mundo.
Também compartilhamos algumas fantasias de exibicionismo e parte da motivação para existência deste perfil é ser uma "válvula de escape" para nosso estilo de vida secreto como uma extensão do mundo real na vertente digital. Para quem nos conhece da época que tínhamos conta no Instagram, conhece a história.
Se alguém leu até aqui certamente se interessou pelo assunto, então espero que tenha suprido suas expectativas (nem que seja só de saciar a curiosidade). Peço desculpas pela necessidade de resumir as coisas, mas a história inteira daria uma novela (hehehe). Perguntem o que quiser nos comentários que tentaremos responder a todos.
Espero que a nossa história real de vida seja em alguma medida proveitosa para alguém e que possa inspirar mais pessoas a buscar esse nível de parceria num relacionamento. Isso não tem preço! A vida é boa, aproveitem!
Felizmente passou e conseguimos superar juntos e isso só nos fortaleceu. Inclusive, há grande chance da condição dela ter se desenvolvido da forma que aconteceu por causa desse motivo. Um trauma superado, mas que ecoa em nós até hoje, ainda que de uma forma que enxergamos como positiva dada as circunstâncias.
Eu posso responder pela nossa experiência e prática.. ela nunca fez enema. Nunca. E são mais de 15 anos nessa jornada. Claro que "acidentes" já aconteceram (faz parte), mas foram pouquíssimas vezes porque ela conhece demais o próprio corpo e sabe muito bem o que faz. Além disso, por tudo que a gente sabe e já pesquisou, esse tipo de limpeza não é recomendada para a saúde do corpo...
Ela aprendeu a conhecer, entender e dominar o próprio corpo. Ela simplesmente sabe quando e como fazer, conhece as rotinas e como lidar com as questões do próprio corpo até pelos anos de experiência. Raríssimas foram as vezes que saiu alguma coisa imprevista, pois na maioria das vezes ela avisou antes da possibilidade de sujar e realmente aconteceu. Enfim, pode acontecer, embora no nosso caso não seja algo comum. O mais importante é ter em mente que esses acidentes podem acontecer e encarar isso com naturalidade.
Exatamente! Na verdade, a parte sexual nem é o foco da história (tanto que não tem detalhes específicos), mas ela é fundamental para compreensão da narrativa como uma mensagem principal de exemplo de amor, companheirismo, cumplicidade e maturidade de dois jovens (hoje nem tanto, hehe) que aprenderam juntos a enfrentar os desafios da vida contando com a parceria e confiança um no outro. Quando essas coisas funcionam bem, o restante das coisas andam bem.
Na verdade, o post foi de domingo quando voltamos da praia. O sujeito (u/IntelligentDrama539) deu a opinião dele e eu nem respondi porque posso afirmar tranquilamente que cumplicidade é algo que temos de sobra. É compreensível que nem todo mundo compreenda a dinâmica. Realmente não é para todos e tudo bem. Ainda que a observação seja válida em certo sentido, o que temos é algo consensual, então... 🤷🏻♂️
Legal que tenha gostado da nossa história 😄
Obg! Que pena sobre sua esposa. Marido e mulher não deveriam passar vontades, mas só é bom quando é bom para ambos, então paciência.
Caso não se importe em dizer... qual a sua circunferência? (Não envie foto na DM por gentileza, isso não é um convite, hehe).
Obs.: a BUNDA dela é o meu tesouro de uso exclusivo! hehehe
Muito obg! Feliz que tenha gostado e desejo muita felicidade para você também!
Não curte a ideia ou acha que saber a origem pode mudar alguma coisa nas práticas que vocês já tem estabelecidas e estão satisfeitos?
Como curiosidade e autodescobrimento, até que sim, mas aí eu teria que ser "tratado" como paciente e provavelmente me sentiria desconfortável nessa condição. Preconceito bobo, pode ser, mas eu não me sentiria bem falando sobre esse assunto com outra pessoa, mesmo que seja um profissional plenamente capacitado para lidar com essas questões. É algo que fazemos entre nós e realmente não é algo que eu gostaria de comentar ou permitir que outras pessoas soubessem de detalhes pessoalmente. Um pouco de vergonha? Reconheço que talvez. Então como explicar as aventuras desinibidas e a inibição para tratar do tema? Não tenho a resposta. Como aceitar a ideia e omitir detalhes importantes? Ou como explicar a existência desta conta, por exemplo? Enfim, eu acho meio complicado.
Tranquilo hehehe Só fotos normais, as mais reveladoras só tiramos depois que começamos a namorar. Quem sabe podemos postar algum dia? Ela era mais magrinha e tinha um corpo bem diferente de hoje, embora eu prefira a versão atual mais cheinha e popozuda. Eu não posso dizer da faculdade porque estudávamos em lugares diferentes, mas a bunda dela era uma das mais famosas do corredor da escola que estudamos juntos, todos os meninos conheciam e comentavam. Eu evitava comentar muito até porque já gostava dela (e enxergava nela muito mais que só a bunda), mas virei uma espécie de herói do 1° ano quando vazou a fofoca que tínhamos ficado... Coisas de meninos 🤣🤣 Agora imagine o meu sonho quando começamos a namorar e tinha aquela bunda linda e gostosa só para mim 🤤😍
Aproveitando que você deu a ideia de escrever um conto... Vale a pena ampliar essa história com os detalhes sexuais mais quentes ou ficaria muito longo e cansativo? De repente poderia sair uma versão 18 hehehe
Obg! Agente conseguiu ressignificar esse sofrimento do passado e enxergar de outra forma, até porque transformamos algo ruim (a condição dela) numa jornada incrível de adaptação e superação. Por muito tempo ela guardou mágoa e ressentimento, mas o tempo cura tudo.
Claro que há desdobramentos... A gente reconhece que a raiz exibicionista que a gente desenvolveu pode ter a ver, lá no íntimo, com um ímpeto transgressor de revolta e violação dos padrões estabelecidos. Já lemos alguma coisa sobre o efeito rebote que o excesso de privação causa no sentido oposto, enfim. Por ela já teríamos ido na terapia de psicanálise de novo para tentar mapear essa origem, mas eu nunca aceitei a proposta. Fiz na época do tratamento dela porque era obrigatório e importante para o tratamento. hehehe
O importante é que superamos juntos e essa mensagem principal de amor e cumplicidade que gostaria de passar. Não dá para mudar o passado, tanto que ele ecoa em nós até hoje de várias formas, mas podemos sempre controlar o nosso presente e mudarmos nosso futuro.
Sim, em alguns posts fica nítida a imaturidade e falta de experiência, mas também a inabilidade em lidar com problemas que seriam resolvidos por meio dessas chaves mágicas. Talvez não tenha ficado muito claro no texto, mas no começo da nossa história tínhamos menos de 20 anos... Não foi fácil, mas conseguimos.
Espero que nossa história sirva para inspirar ou ajudar casais nas suas próprias caminhadas e que os nossos erros e aprendizados adquiridos pela vida sirvam de lição para outras pessoas.
Também é interessante como isso serve para os dois lados. Ela diz que nunca teria coragem de confidenciar isso a alguém porque acha que olhariam para ela como uma alienígena. O nosso casal melhor amigo sabe que fazemos anal (e detalhe que essa mulher aprendeu a fazer com o marido com incentivo da gente e orientação secreta da minha, hehehe), ela conhece boa parte da nossa história e as dificuldades com a condição do vaginismo, mas não sabe que só fazemos anal até hoje.
Tanto eu como ela (principalmente ela, por incrível que pareça) já ouvimos colegas no trabalho dizendo o quanto é difícil fazer anal ou reservando para datas especiais como presente e a gente ri junto em casa comentando que fazemos "ocasião especial" no mínimo 2x por semana. hehehe
Tranquilo, só queria ter ideia do quão grosso em números porque também tenho medição de grossura um pouco acima da média, mas nunca foi obstáculo nas nossas brincadeiras.
Bom, a bunda dela pode ser olhada, admirada e elogiada (como geralmente acontece), mas faço questão que seja apenas minha hehehe
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Fico feliz que a essência real do relato tenha ficado bem clara. Muito além do sexo, envolve amor, carinho e cumplicidade. Afinal, resumir quase 20 anos em alguns parágrafos é um desafio enorme. Um reconhecimento como esse faz valer a pena!