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Alguns traumas que carrego.
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Desculpem o textão e já agradeço antecipadamente quem se dispor a ler e comentar.

Sou H(30) e hetero. Nunca tive uma vida sexual super ativa, comecei vida sexual tarde e não tive relacionamentos muito duradouros, nem muitas parceiras sexuais.

Não sou um príncipe em beleza, porem não me considero um cara feio. Até porque já cansei de ver caras feios ficando com mulheres super bonitas, logo creio que meu problema não seja aparência.

Sofri alguns abusos na infância e adolescência ao qual creio que afetem meu emocional até hoje. Nenhum dos abusos houve violência, ou pelo menos violência extrema, mas hoje os classifico como abuso. (Coisa que na época demorei para reconhecer isso)

A primeira vez foi quando eu tinha mais ou menos 8 ou 9 anos, quando um amiguinho vizinho de rua foi dormir na minha casa - aquela coisa de ir dormir na casa do amigo quando criança - Ele era alguns anos mais velho que eu. Deveria ter uns 11 ou 12 anos. Naquela noite dormimos no meu quarto, eu na minha cama e ele no colchonete. Me lembro de acordar no meio da noite com meu short abaixado até os joelhos e ele enfiando o dedo dele no meu cu. Quando ele percebeu que eu acordei rapidamente tirou o dedo. Eu ainda sonolento não consegui entender o que estava acontecendo, mas vi. Ele jogou a coberta rapidamente em cima de mim para esconder meu corpo nu, então eu aos poucos fui me vestindo novamente debaixo da coberta, mas ainda processando o que estava acontecendo. Ele começou vim com uns papos estranhos sobre querer mostrar o pinto dele e eu mostrar o meu. Ali eu já sabia que não era certo aquilo, mas ele insistiu tanto e quando percebi ele já estava com o pinto de fora. Eu neguei o tempo todo, mas ao mesmo tempo fiquei com vergonha de chamar meus pais, que estavam no quarto ao lado. Eu achava que se eles ficassem sabendo, iria dar merda pra mim também. E até aquele momento eu gostava de brincar com este meu amigo e não queria que desse merda com a gente. Por fim ele abaixou meu short novamente e chupou meu pau sem eu permitir e ficou por isto. Dali em diante fui cortando contato com ele...

A segunda vez foi na minha adolescência quando eu tinha uns 14 anos. Nessa idade eu estava começando a sair com amigos para festinhas - eu moro em uma cidade pequena e era comum todos se conhecerem e os jovens saírem sozinhos a noite para curtir - Tudo era novidade e cada fim de semana era uma aventura. Varias festinhas de 15 anos de meninas do nosso ciclo, festas e baladas sertanejas - mesmo sendo menor de idade - e até mesmo invadíamos clubes a noite para tomar banho de piscina. Varias molecadas que fazíamos e ao qual guardo como boas recordações. Porem de vez em quando tinha uma mulher mais velha, deveria ter uns 20 anos, que saia junto conosco. Ela era amiga de um dos meus amigos. Naquela época eu ainda estava aprendendo a paquerar as garotas da minha idade, essa mulher mais velha que saia conosco era gorda e não me interessava em nada, além dela ter um jeito meio grossa.

Um dia quando pulamos o muro de um clube para tomar banho de piscina essa mulher estava junto, então ela começou a agir de um jeito diferente comigo. Eu não era de ter muita conversa com ela, mas nesse dia ela estava implicando comigo, porem soltando alguns elogios. Ela estava num morde e assopra gigante comigo naquela noite. Ela então começou inventar umas desculpas dizendo que estava com medo de ir no banheiro sozinha, e me convenceu em acompanha-la. Então saímos da piscina enquanto meus outros amigos ficaram por lá. Ao chegar no banheiro ela agarrou meu braço e me puxou para dentro do banheiro e começou a se esfregar e me beijar contra minha vontade. Não sei o motivo, mas eu fiquei paralisado e sem reação. Eu cheguei a dialogar dizendo que não queria aquilo, mas ela ignorou. Em certo momento ela forçou que eu me ajoelhasse e então jogou o biquini para o lado e segurou minha cabeça para que eu chupasse a xereca dela que estava cabeluda. Eu não coloquei a língua pra fora e então ela começou a apertar meu rosto contra a virilha dela enquanto mandava eu colocar a língua pra fora o tempo todo. Em certos momentos eu acabei cedendo, mas por cansaço. O tempo todo eu fiquei com vergonha de algum dos outros amigos me vissem naquela situação, então isto acabou sendo mais um dos motivos para eu ficar calado e evitando ao máximo fazer barulho. Eu fiquei com muita vergonha e não contei para ninguém sobre isso, assim como não contava sobre o primeiro abuso que passei quando mais novo.

Beleza, essas foram as duas experiências de abuso que passei em minha vida. Como falei, na época não enxergava como abuso, somente depois de mais velho fui amadurecendo e percebendo o quanto errado aquilo foi. Até aqui vocês já devem achar que meu psicológico foi de ralo e que obviamente o motivo foram estes abusos, certo? Talvez sim, não tenho como ter certeza, mas pra mim o pior veio depois.

Aos 15 anos quando eu estava na oitava série (atual nono ano). Comecei a nutrir sentimentos amorosos muito fortes por uma amiga de classe, ao qual chamarei de Elina. Nós éramos amigos desde a alfabetização e nunca tive segundas intenções com ela, porem naquele ano em especifico algum estalo deu em minha cabeça - talvez os hormônios - e me percebi completamente apaixonado por Elina.

Eu e Elina éramos amigos de escola de longa data. Ela era super inteligente e sempre me ajudava estudar para as provas que eu ia mal, eu conhecia os pais dela e ela os meus. A gente desde novo íamos na festa de aniversário um do outro. Na sala de aula sentávamos na maioria das vezes próximos. Eu era um garoto muito bagunceiro e ela comportada. Eu fazia muita bagunça ao ponto de professor querer me colocar para fora da sala, e então ela entrava como contra peso ajudando aliviar minha barra com os professores e me obrigando a me comportar o resto da aula. Éramos tão amigos que ela foi a única pessoa que me senti confortável para contar sobre minhas experiências de abuso.

Eu era muito tímido quando o assunto se tratava de interesse amoroso, então durante todo o ano de 2011 eu escondi dela estes meus sentimentos, até que amigos próximos e em comum perceberam que eu estava gostando de Elina. Por um lado foi bom, pois eu passei a ter amigos a quem conversar sobre o que eu estava sentindo, e eles foram super amigos nesse aspecto, pois respeitaram meus sentimentos e me apoiaram. Mas ai começou a ter aquela pressão externa de que eu deveria "me declarar" para Elina. Chegou ao ponto desses amigos me convidarem junto da Elina para um show que teria em nossa cidade. Eles conseguiram planejar para que todos formassem em par romântico e que apenas eu e Elina fossemos os solteiros do grupo, tudo para criar um clima romântico durante o show e "milagrosamente" eu e Elina "ficássemos". No dia do show Elina ficou sozinha conforme previsto, mas eu não consegui pedir para ficar com ela. Ela estava linda e toda disponível, mas eu fui fraco e não consegui fazer nada. Fiquei parado igual um pau e pior, segurando uma tremedeira terrível ao qual não conseguia controlar. Ao final do show fui embora sozinho por vergonha de não ter tomado a atitude esperada.

O ano foi chegando ao fim e a nossa festa de formatura do ensino fundamental veio - sim, minha turma teve uma festa de formatura do fundamental - As aulas já haviam acabado e era dezembro. Meus amigos já meio que haviam largado mão de mim e não estavam mais colocando pressão para eu me declarar para Elina, mas agora era pior, pois a pressão vinha de mim mesmo. Coloquei na minha cabeça que naquela festa eu iria pedir para ficar com ela. Houve a cerimônia como de praxe, mas a festa mesmo seria em outro endereço. Eu nunca tinha visto Elina tão linda como naquela festa. Ela estava muito arrumada e com um vestido muito bonito, tudo pra piorar minha ansiedade. Chegando na festa pós cerimônia eu e Elina ficamos juntos o tempo todo (ainda como amigos), fomos pra pista de dança (eu não sabia dançar), experimentamos uns petiscos, conversamos e etc.

Então decidi que era hora de "me declarar". Chamei ela para uma mesa que estava vazia no canto do salão de festa, eu estava muito otimista e com as expectativas nas alturas. Sentamos na mesa somente eu e ela, um de frente para o outro. Foi então que abri meu coração para ela. Na hora percebi o rosto dela mudar e em fração de segundos todo aquele meu otimismo evaporou. Senti a mesa ficando mais longa e os meus pés esfriarem. Ela balançou a cabeça em sinal de negação e dizendo que ela não sentia o mesmo que eu. Eu fiquei arrasado e ela percebeu isso, então ela disse que eu poderia beija-la se eu quisesse. Minha reação não foi tão boa, pois além de ter ficado arrasado, eu na hora senti que ela me ofereceu o beijo como um prêmio de consolação. Me bateu o orgulho que me faz dispensar o beijo. Dali em diante não ficamos mais juntos o resto da festa e nossa amizade sumiu.

Hoje enxergo que eu realmente estava muito iludido e me deixei enganar por falsos sinais. Eu realmente achava que ela iria corresponder e minhas expectativas estavas muito altas, o que fez minha queda ser também alta. Eu acho que nunca chorei tanto depois daquela festa, mas sempre sozinho.

No ano seguinte ela se mudou pra outra escola em outra cidade. Nunca mais se falamos e nem mantivemos contato. Para piorar depois fiquei sabendo que ela contou sobre os abusos que sofri para outras pessoas, expondo algo intimo meu que me magoou mais ainda. Como eu não mantinha mais contato com ela, então nunca a confrontei sobre isso.

Segui minha vida, terminei meus estudos, fiz faculdade, tive minha primeira namorada, terminamos, comecei trabalhar na minha área que sempre quis (TI). Ou seja, consegui seguir minha vida tranquilo, porem nunca esqueci dela. Fiz mais de 2 anos de psicólogo, pois sentia que algo em mim não estava certo. Eu passei a ter pensamentos intrusivos com Elina praticamente todos os dias. Alguns raros momentos eu chequei ter crise de pânico, me trancando em meu quarto e chorando o dia inteiro. Momentos realmente difíceis ao qual nunca imaginei eu passando por isto. Outros momentos foram eventos ao qual eu via Elina pessoalmente, pois tínhamos muitos amigos em comum. Uma dessas vezes foi em um casamento de um de nossos amigos em comum, ela estava lá. Eu comecei a sentir um tremor no corpo que não conseguia controlar, tive que me retirar do casamento.

Hoje, após mais de um década deste acontecimento, continuo tendo pensamentos intrusivos com Elina. E pior, sinto que minha vida social e amorosa caíram ladeira abaixo. Hoje não consigo mais manter contato com muitos amigos e muito menos consigo interagir com potenciais interesses amorosos. Minha ultima experiência sexual com uma mulher que conheci no Tinder (coisa raríssima), foi um fracasso. Eu brochei. Eu fiquei abismado com isso, pois eu cuido da minha saúde e a ultima e única vez que havia brochado foi quando tentei perder a virgindade com a minha primeira namorada.

Então devido a isto, e também ao fato de ultimamente estar me sentindo extremamente sozinho, decidi pela primeira vez experimentar os serviços de profissionais do sexo. Atualmente eu já fui em três GPs. Meninas escolhidas a dedo, belíssimas, super atenciosas e carinhosas. Porem eu brochei com todas elas. Hoje mesmo tive minha ultima experiência com uma GP que tinha um corpinho muito lindo que lembrava demais minha primeira ex. Ela era perfeita. Paguei 2 horas, pois já havia brochado com outras antes e queria ir com calma dessa vez. Essa GP de hoje era muito beijoqueira, e eu gostei muito das nossas trocas de beijo, me fez lembrar do inicio de namoro com minha ex no qual se beijávamos muito. Eu estava achando que dessa vez ia dar certo, mas meu pau não subiu de forma alguma. É como se minha cabeça estivesse desconectada de meu pênis.

Quando isso aconteceu anos atrás, na minha primeira vez, eu não me desesperei. Sabia que era algo comum, já que muitos enfrentam inseguranças nesse momento. Mais recentemente, com a garota do Tinder, apesar da frustração, tentei manter a calma. Sexo casual não é algo com o qual eu tenha muita experiência, então achei que fosse nervosismo.

Nas primeiras experiências com acompanhantes, também procurei não me preocupar tanto. Era algo completamente novo para mim, e eu imaginava que o nervosismo inicial poderia justificar a situação. Porém, agora, após várias tentativas sem sucesso, está cada vez mais difícil manter essa postura tranquila.

Não gostaria de depender de medicamentos, porque acredito que minha saúde física está em ordem. Sei que o problema é psicológico, mas não consigo encontrar uma solução para superar isso.

Minha vida hoje parece resumida ao trabalho, escrever livros que ninguém lê, e cuidar dos meus pets. Aos 30 anos, me sinto frustrado com o rumo da minha vida social e amorosa. Não consigo compartilhar minhas fraquezas com ninguém, pois há um peso cultural que não permite que homens mostrem vulnerabilidade. No trabalho, preciso ser o chefe forte que resolve tudo. Na família, sou o provedor desde que meu pai faleceu. Nos relacionamentos, fui sempre o ouvinte, mas nunca pude compartilhar minhas próprias dores.

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