Estou acompanhando de perto o caso do menino que se inscreveu na USP por cota racial e não foi considerado negro o suficiente. Daí entrei em um rabbit hole com casos, vários, de irmãos e irmãs de mesmo pai e mãe biológicos onde um foi aprovado no tribunal racial (banca de hetero identificação) e outro não. E casos ainda mais absurdos onde gêmeos de mesmo embrião foram uma considerado parda e a outra branca. Além de inúmeros casos de quem foi considerado pardo em São Paulo ou Minas Gerais mas não no Rio de Janeiro ou Bahia em concursos públicos diferentes.

Isso não é o melhor indicativo do absurdo que é esse tipo de tribunal? Eu não sou completamente contra cota racial mas não dá pra não sentir um extremo desconforto com a extrema subjetividade. E se é impraticável no Brasil determinar quem é branco e quem é negro, melhor eliminar cota racial por completo.

Imagino que daqui 30 anos vai ter muita gente envergonhada de ter participado nesses tribunais fazendo os julgamentos.

Tanto é estranho esse tribunal racial que li que vários deles se recusam a publicar as avaliações individuais dos membros e só publicam resultado de votos dos militantes que acabam sendo maioria desses tribunais e viesados com perguntas como "vc já faz parte de alguma ONG contra racismo".