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O Anticonto Erótico, a Catarse da Normalidade ou um simples recado a um amigo
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Dia 10 de Janeiro de 2023

Entro no sub r/ContosEroticos. Indicação de um bom amigo, sujeito hedonista, bonachão, belo e perspicaz, admirador das artes e dos prazeres mundanos. Ele é autor nesse local, mas oculta-se sob um perfil falso, assim como eu o farei para alimentar nossa brincadeira. A arte é um comunicar-se. Seria eu capaz de identificar sua voz por de trás de simples palavras? Algo revelará sua personalidade alegre e misteriosa nesses parágrafos apócrifos? Ele, tenho certeza que me identificará; algo em mim urge por se mostrar.

Leio alguns contos. Um certo gênio de imaginação ou vivência ímpar nutre ou expõe suas fantasias com uma irmã. A jornada épica de incesto culmina em uma orgia de carnaval na qual estão presentes tanto a irmã quanto a namorada - ocasião na qual descobri que existe uma espécie de peruca vaginal para imitar pelos pubianos, mas não recordo o papel desse item na história. Outro homem - ou o chamo de escultor? - relata seu trabalho em moldar sua esposa, através de cirurgias plásticas e possíveis jogos psicológicos, transformando-a em uma deusa do sexo. A obra tem seu ápice em um buffet de sushi sob o corpo dessa mulher, em um prostíbulo, junto dos colegas de trabalho, momento no qual degusta um sashimi incrustado por shoyo em sua vagina. Espero estar fazendo justiça a esses artistas, pois transcrevo de cabeça minhas breves memórias de uma leitura dinâmica. Por fim, leio algo que mais parece um relato de redes sociais que uma obra literária - não deixando de ter sua beleza. Uma mulher, possivelmente jovem, narra sua primeira venda de um vídeo caseiro para um estranho, no qual expele o sêmen de seu namorado bem dotado pelo ânus, e excita-se ao recordar do terceiro masturbando-se para seu vídeo. Ao contrário dos primeiros, soa real, e inicia-se meu martírio.

Eu nunca mais lerei um conto desse sub. Possivelmente nunca mais lerei um conto erótico. Não tenho fortaleza para tanto.

Há tempos não sinto tamanha excitação. Nem mil pornôs. Nem centenas de strippers e prostitutas. Nem dezenas de corpos maravilhosos em que tive a honra de repousar minha língua produziram em minha alma tamanho furor. Como se Afrodite apossasse meu corpo e roubasse meu telos. Estou há 36 horas de celibato, o que para um escorpiano é uma tortura. Há certo tempo parei de me masturbar - minha noiva merece a integridade do meu sêmen e que eu o distribua por todas suas cavidades. Nosso último sexo foi anal, pois ela está menstruada; masturbava-se com a varinha mágica enquanto eu penetrava seu ânus; gozamos juntos, mas já passaram-se 36 horas. Aprendi a meditar, aprendi a controlar meu desejo. Parei de me masturbar. Foi o Yoga, foi Deus ou foi ambos? Ou foi o amor? Ou foi uma simples mulher, de extraordinária beleza, desconexa, sim, dos padrões de Instagram, a minha mulher? A minha mulher normal - ou nada normal - a minha mulher perfeita? Estou sendo retirado desse estado contemplativo e voltando a ser um monstro.

Meu raciocinar já não funciona bem. Fui amaldiçoado por esses malditos contos. Há neles alguma verdade? De todo modo me admira. Não tenho irmãs, excito-me com essa situação hipotética - que minha mente mal é capaz de simular pela ausência de tal experiência sentimental - ou excito-me justamente pelo contrário, pela desumanização da irmã em uma personagem quimérica, de cuja raridade duvida-se devido à alta suspeita de inexistência total de tal espécime. Ó demônios criativos, amaldiçoam-me com sua criatividade. Ó demônios ousados, amaldiçoam-me com suas histórias. Sinto o gosto de shoyo misturado com buceta e salivo. Penso no rabo de minha noiva expelindo meu leite aos olhos de um estranho e essa merda me excita. O que fazem comigo?

Nada disso acontece. Nada disso pode acontecer. Se aí existem verdades, elas não fazem parte de meu espaço-tempo. Direciono-me a colocar a mão em meu pau e algo me impede. Meu pau é normal. Tem 14 ou 15 centímetros, mais que a média - como já cansei de pesquisar no google -, mas a maldita internet fez-me fantasiar em ter 18, ou 20. Minha noiva não tem o canal vaginal longo, esses centímetros apenas sobrariam ou a machucariam. Não faz o mínimo sentido. Ela ama meu pênis, elogia suas veias e sua estética roseada, embora eu odeie a minha pequena capa. A odiava, de uns tempos pra cá aprendi a amá-la. Agora a odeio novamente, malditos sejam seus comedores de irmãs e sashimi embucetado com seus contos.

Nada disso acontece. Nada disso pode acontecer. Simplesmente não faz parte do meu espaço-tempo. Minha vida de solteiro foi prolífera. Transava facilmente graças à maravilha moderna do Tinder. Sou um homem bonito. Normal, mas bonito. Transei com muitas mulheres e nenhuma me convidou para uma orgia. Uma me convidou para um menáge que nunca aconteceu, eu vomitei na festa na qual aconteceria. Sou um idiota e não mereço tais experiências. Nenhuma mulher me ofereceu o cuzinho e quando pedi sempre foi negado. Nenhuma quis chamar um amigo meu para uma DP. Todas mulheres normais. Buscando um orgasmo. Não, buscando carinho. Não, buscando um DNA. No fim apenas buscando um filho.

Nada disso acontece, nada disso pode acontecer. Vou para o trabalho. Muitas colegas, mulheres bonitas, maravilhosas. Mas nada sexuais. São mães caretas e só pensam nos filhos e eu consigo enxergar essas crianças em seus olhos. As que não tem filhos exalam o desespero dos 35 anos: umas por certo pensam em largar o marido fracassado que ainda não foi homem para engravidá-la; outras recusam-se a aceitar que já foram escravizadas pelo atual pavor da maternidade que assola as mulheres empoderadas modernas. Enfim. Não posso escrever aqui que fodi minha chefe em sua mesa ou que fui convidado pela minha estagiária para gozar em cima dela junto com os outros colegas do escritório após o happy hour. Não posso e não consigo. Mesmo que a criatividade brotasse - e minha mente pervertida acabou de criar tais fantasias com facilidade - eu não teria coragem de aqui relatá-las em detalhes, pois tais situações não chegaram nem perto de acontecer.

Nada disso acontece. Nada disso pode acontecer. Vou para o crossfit. As mulheres são deusas hercúleas. Seu suor exala adrenalina, seus shorts cravados no rabo. O cansaço desse esforço físico incoerente impede meu pau de ficar ereto, mas o desejo aflora. E nada acontece. Não serei chamado para o banheiro para fuder a buceta suada de uma dessas amazonas. Elas exalam adrenalina mas também exalam medo. Exalam sensualidade mas também conservadorismo. Exalam aventura mas no fim só querem ser mães. Só querem um marido normal que as acompanhe em socializações patéticas. Mas quem sou eu meus amigos? Sou um cara normal e fraco. Eu exalo afastamento, exalo decepção. Eu não atraio a traição. Eu não atraio a putaria. Eu exalo fidelidade e amor. E no fim não sou o marido imponente escultor de esposa e frequentador de puteiros temáticos. Não sou o privilegiado com uma namorada pervertida que chupa a irmã que nem tenho. Não sou o cineógrafo pauzudo que expõe em bela fotografia a um punheteiro aleatório o cú enleitado de sua amada. Mas eu queria ser. Mas Eu queria ser?

Vou para o yoga. Por ética recuso-me a sensualizar qualquer coisa. Sim, novamente, nada acontece e que benção nada acontecer. A Afrodite em mim recorda-se do absurdo. Seríamos de fato uma pessoa só? Não somos uma conjunção de vontades que brigam constantemente? Em todos nós não há um protótipo de múltipla personalidade? Sim, somos, e isso nos faz humanos. Brigo com esse meu eu abominável que, entoando o sagrado Om, buscou com os olhos a linda mulher no tapete da frente com seu rabo para cima em Bakasana. Brigo e venço. Venço e me regozijo. Não me excito. Muito esse lado já venceu e ao fim… nada aconteceu. Brigo e venço. Meu eu queria que essa aula culminasse em uma orgia insensata. Mas Eu quero apenas descansar e ser livre.

Nada acontece. Nada aconteceu. Nada acontecerá. Ó fantásticos, impressionaram-me com sua imaginação e suas belas palavras. Ó personagens reais, admiro suas histórias, mas creio que elas não aconteçam no meu mundo. Não, não digo que mentem, não me interpretem mal. Mas não estamos no mesmo universo. Eu só recebo alguma espécie de comunicação do universo de vocês, que apenas serve para desalinhar meu espírito. No meu universo nenhuma dessas fantasias acontece. Não aconteceu comigo, não aconteceu com meus amigos, não aconteceu com minha mulher. O meu universo é apenas normalidade.

A inveja me corrompe e agora vou expor minha jornada. Eu amo a minha noiva, minha mulher. A ela eu nunca escondi minha personalidade, minhas fantasias, meus desejos. Fantasias que não alcançam de modo algum a vossa ousadia, comedores de irmãs e mães, summeliers de comida oriental servida em genitália humana, garotas do onlyfans. Apenas fantasiamos com coisas simples, já enlatadas em nossa mente pela indústria do pornô, menáges, orgias, voyeurismo, não muito mais que isso.

Em nosso primeiro ano de namoro fomos em uma acompanhante, menina estilo hippie, com a depilação ruim, mas extremamente simpática e muito lésbica. Minha namorada adorou-a por isso , mas eu não cheguei a transar com ela, fiquei apenas apreciando, pois era o combinado para a primeira vez. No retorno ao apartamento, foi um sexo maravilhoso pelo tesão todo da coisa. No segundo ano, tivemos uma experiência razoável, um bom sexo com uma acompanhante, mas esquecível. Passado mais algum tempo, outra acompanhante, mulher mais experiente, extremamente carinhosa e simpática. Foi maravilhoso, sim, ó amantes desse tipo de história, mas nada tão relevante que me motive a detalhá-las. Nunca fizemos um menáge não pago, embora seja algo tão normal atualmente. Será tão normal assim? Do meu universo essas coisas fogem.

Também gostamos de casas de swing. Gostamos muito mais do ideal, mas de fato nunca tivemos uma experiência realmente gratificante. São estranhas as pessoas que frequentam esses lugares. A dessemelhança com orgias cinematográficas é gritante. Tão díspar que até mesmo broxa. Em casas de swing as pessoas caminham como zumbis. Nada é natural. No bar as pessoas estão sentadas e se encaram com mais relutância do que adolescentes virgens em uma festinha da igreja. Na pista, as mulheres de lingerie assemelham-se a NPC’s do GTA. Nas salas e labirintos, a maioria vaga sem um rumo ou foco aparente, apreciando o local ou depreciando sua alma. As mulheres muitas parecem estar alí forçadas. Os homens tentam ser atores pornôs xingando e batendo. Broxante. Muitos casais fake com acompanhantes, embora uma de nossas poucas experiências proveitosas tenha sido com um desses, pois as mulheres normais em geral parecem amedrontadas ou com cara de cú apesar do cú de fora.Pouco a comentar também sobre essas experiências - dignas de contos incríveis em tese - e peço desculpa a vós apreciadores do absurdo. Talvez minha criatividade me possibilitasse relatá-las romanticamente e sensualmente a vocês, mas não teria tamanha desonestidade. Prefiro falar da minha normalidade e as experiências pouco transbordaram do normal.

Hoje à noite, amigos e amigas aventureiros e sonhadores. Hoje à noite não vou mentir para minha mulher que estou no trabalho e encher de porra a buceta da instrutora do crossfit. Não vou, pois embora a Afrodite em mim explodisse de prazer, meu Eu sangraria e minha vida daqui em diante seria uma miséria. Hoje à noite não vou participar de uma orgia envolvendo meu amigo a quem dedico esse conto, sua mulher, minha mulher e mais algum terceiro ou terceira, ou quarto ou quinta. Não vou, pois nossa amizade e nosso amor mútuo cria uma barreira quase intransponível para uma experiência assim. Hoje à noite não vou sair do futebol e ir até o puteiro e lá comer foundie sobre o corpo ensopado de chocolate belga da minha colega de trabalho gostosa cujo marido gosta de ser um corninho. Não, eu nem gosto de futebol. Não, essas pessoas sequer existem.

Hoje à noite, meus amigos e amigas, vou jantar com minha noiva. Sua libído começa a crescer com o período menstrual e ela já me falou isso. Vamos conversar sobre assuntos diversos, mostrarei a ela esse conto que agora escrevo e riremos dos contos que li. Relembraremos de nossas experiências. Fantasiaremos com o futuro? Sim. Temos várias fantasias. Realizaremo-as? A maior parte provavelmente não. E aquelas que realizarmos, juro a vocês meus amigos e amigas, não será uma experiência melhor que aquela que seguirá. É uma terça feira, é um dia normal. Mas foda-se, beberemos uma cachaça ou um resto de tequila que temos. Ela tomará banho e virá com seu cheiro maravilhoso me beijar com uma paixão indescritível. Temos muitos anos de união, mas nossa sinceridade com nossas fantasias mantém nosso fogo inapagável. Ela deslizará seu corpo sobre o meu com um óleo de massagem que ela adora. O OB saindo de sua buceta de modo nenhum broxará a situação, o desejo fervilha. Os defeitos que odiamos em nossos corpos, não os odiamos mais, é nossas almas que se juntam enquanto a cabeça do meu pau já está naquele ponto roxo e quase explodindo roçando no seu clitóris. Ela lançará minhas pernas para o ar e lamberá meu rabo. Eu adoro beijo grego, ela adora também. Ela se delicia e geme. E quando lambe meu pau, sem nenhuma técnica ensinada por coach, é a melhor chupada do mundo. Ela quer enfiar nosso consolo no meu rabo, eu aceito e adoro, ela delira, meu pau está quase explodindo, fantasiamos novamente, ela quer uma DP um dia, vai ter, eu quero ela sentada na minha cara e uma amiga no meu pau, vou ter, ela também quer, eu também quero, queremos muito, teremos muito, talvez, talvez não teremos nada disso, não importa... É a vez do cuzinho dela. Nunca usamos camisinha, mas no anal sim. Peço desculpas apreciadores de contos, a realidade narrada às vezes não excita, mas a realidade vivida e contemplada é inenarrável. Nos desagrada a falta de higiene, e isso aprendemos com a experiência. Pessoas reais tem bactérias e uma infecção por semanas não vale uma foda de minutos. A sensação não é a mesma, mas me emociona ver ela gemer com tranquilidade no olhar. Eu a respeito e a contemplo. Ela goza muito se masturbando enquanto eu a penetro no anal. Eu gozo rápido, estou com muito tesão, seu gemidos me enlouquecem e sou um cara normal. Ela vai até o banheiro, eu deito tranquilamente. Ela vem e agradece por mais um dia maravilhoso e uma foda gratificante. Eu agradeço de volta. Nós nos amamos profundamente e vamos dormir com a janela aberta. Não vemos a hora de voltar para uma cabana isolada para transarmos o dia todo. Não vemos a hora de voltar para a casa de swing para nos frustrar novamente e rir depois no hotel. Mas isso fica para as próximas férias, amanhã é recém quarta-feira.

Tivesse eu uma irmã ninfomaníaca e mesmo que nosso laço de amor fosse tão frágil a ponto de eu ceder a essa tentação diabólica, dificilmente eu teria coragem de olhar nos olhos de meus pais - minha amoralidade não tem tanta força. Quisesse minha noiva mostrar seu cú cheio de sêmen para um estranho punheteiro, eu certamente me excitaria, mas dificilmente dormiria tranquilo por temor à sua segurança, exposição ou saúde psicológica. E, definitivamente, suco de buceta deve azedar o sashimi e o peixe deve azedar a buceta. Eu amo buceta e amo sushi. Prefiro ir ao restaurante e transar depois.

Amei a vossa arte, meus amigos e amigas, e vossa criatividade (ou experiência). A fantasia é maravilhosa e esteticamente linda, mas não mais retornarei aqui. A realidade é frustrante para nossa Afrodite, mas não deixemos essa larápia furtar nossa sanidade, e eu pessoalmente sou um fraco que frequentemente sucumbo a ela. O sexo é um paraíso de infinitas possibilidades, mas no âmbito de nossa vida curta e limitada teremos acesso a pouquíssimas delas. Que a próxima vida nos satisfaça, ou não. Que o paraíso nos satisfaça, ou não. Amigos casados, sejam sinceros sobre suas fantasias com sua esposa, ela é sua metade e se não for para ser assim, que não seja. Amigos solteiros, jamais se unam a uma pessoa que não saiba que você quer fuder aquela amiga gostosa dela. Falar já elimina 90% do martírio das fantasias oprimidas. Exceto se quiser fuder sua irmã, nesse caso eu recomendo um psicólogo. E que no presente não deixemos sonhos absurdos estragarem a intranscritível beleza de uma simples e normal boa foda com a pessoa que você ama.

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